A hérnia umbilical trata-se de uma protuberância que aparece dentro ou ao redor do umbigo, deixando-o maior. Ela é causada quando uma parte do conteúdo abdominal ( por vezes o intestino) consegue ultrapassar a parede abdominal, acumulando-se entre eles e a pele da região do umbigo.
Essa elevação costuma ser comum em bebês e crianças e deve desaparecer até o segundo ano de vida.
Porém, o que nem todos sabem, é que a hérnia umbilical também pode acontecer em adultos. De acordo com a Federação Brasileira de Hospitais, dados publicados pela Sociedade Brasileira de Hérnia apontam que 8% da população adulta vai apresentar essa alteração ao longo da vida.
Ainda que seja considerada uma situação comum, é importante que seja diagnosticada o quanto antes para evitar complicações.
Para saber mais sobre essa hérnia, confira o conteúdo a seguir.
Tipos de hérnias - diferentes das hérnias umbilicais
Ainda que a hérnia umbilical seja uma das mais conhecidas por conta do seu aparecimento em crianças, há outros tipos como:
Hérnia inguinal
A hérnia inguinal acontece quando uma parte do intestino ou um tecido do abdômen atravessa a parede muscular e chega ao canal inguinal, na região da virilha.
Ela é mais comum em homens, mas também pode acontecer em mulheres, já que é causada por esforço físico, obesidade e hereditariedade.
Hérnia de disco
A hérnia de disco ocorre quando um disco vertebral, que fica na coluna, não está no lugar certo e acaba comprimindo as raízes nervosas na medula espinhal.
Ela causa dor lombar e cervical e afeta significativamente a rotina do indivíduo. Isso porque os seus sintomas podem evoluir e, além das dores, podem apresentar fraqueza nos braços e pernas.
Hérnia muscular
A hérnia muscular é comum devido ao excesso de exercícios físicos. Neste caso ocorre um inchaço no músculo fazendo com que haja uma protuberância.
Normalmente, somente o descanso da região já faz com que ela desapareça. Porém, caso não ocorra, é necessário procurar um especialista para tratar dessa condição.
Hérnia incisional
A hérnia incisional aparece em cicatrizes de cirurgias que já foram realizadas.
Não há uma regra certa para o seu aparecimento: ela pode acontecer logo no pós-operatório ou até mesmo anos depois da realização do procedimento.
A hérnia incisional pode ocorrer devido ao enfraquecimento da parede abdominal no local em que foi realizada a cirurgia.
Vale ressaltar que, apesar de normalmente as hérnias não serem perigosas para os pacientes, há dois pontos que requerem o dobro de atenção:
- Quando ocorre o estrangulamento dos tecidos, ou seja, quando acontece a alteração ou interrupção no fluxo sanguíneo, resultando na necrose dos tecidos presos;
- Quando acontece o encarceramento, que não é tão grave quanto a ruptura sanguínea. Ele retém o curso do intestino dentro do saco herniário e resulta no ressecamento ou interrupção das fezes.
Todos os tipos de hérnias devem ser levadas a um especialista. Somente ele poderá indicar a melhor opção de tratamento, seja em casos cirúrgicos ou não.
Causas da hérnia umbilical
A primeira causa da hérnia umbilical se dá por uma malformação em crianças e recém-nascidos. Isso porque, durante o desenvolvimento no útero, há uma pequena abertura nos músculos abdominais para a passagem do cordão umbilical.
A hérnia ocorre quando esse pequeno espaço não se fecha da forma correta.
Já no caso dos adultos, alguns agravantes podem causar as hérnias umbilicais. São eles:
- Excesso de peso;
- Obesidade mórbida;
- Histórico familiar de hérnias;
- Diálise peritoneal para o tratamento de insuficiência renal;
- Ascite.
- Após gravidez nas mulheres
Outros fatores que podem causar hérnia umbilical, e que estão frequentementes em nossas rotinas, é a tosse constante e os problemas de próstata.
Quais são os sintomas da hérnia umbilical?
Conforme falamos acima, a hérnia umbilical geralmente não é uma doença grave, assim como os seus sintomas não costumam ser agressivos, mas podem causar desconfortos.
Entre os mais comuns estão:
- Protuberância na região do umbigo;
- Dor na região umbilical;
- Sensação de náusea/enjoo;
- Dor abdominal;
- Prisão de ventre.
Em casos de agravamento da doença, devido ao estrangulamento dos tecidos, os sintomas são:
- Vermelhidão no local;
- Febre;
- Vômito;
- Inchaço;
- Sensibilidade no abdômen.
É importante lembrar que todos os sintomas mencionados acima não são comuns em bebês.
Em alguns casos, a hérnia pode ser somente percebida caso o recém-nascido ou a criança faça algum movimento de esforço abdominal como choro, tosse ou esforços semelhantes.
Diagnóstico da hérnia umbilical
O diagnóstico deve ser feito por um médico, que indicará a principal conduta diante do problema, seja para crianças ou adultos.
O profissional responsável fará um exame físico para entender se realmente trata-se de uma hérnia umbilical. Será levado em conta o histórico do paciente e os sintomas apresentados.
Se houver qualquer dúvida por parte do médico, será feito um ultrassom da parede abdominal e uma tomografia. Dessa forma, é possível evitar dúvidas e complicações e fechar um diagnóstico certeiro.
Com base em todas essas análises e exames, será indicado o melhor tratamento para a hérnia umbilical, confira abaixo as opções.
Tratamento para a hérnia umbilical
O tratamento da hérnia umbilical, assim como seu diagnóstico, deve ser indicado por um especialista.
Caso o paciente ainda seja criança, é comum aguardar até os dois anos de idade para verificar se houve o desaparecimento da hérnia sem a necessidade de procedimentos.
Já para pacientes com idades superiores a dois anos, se o aparecimento da hérnia ocorrer na vida adulta ou se houver o estrangulamento, o mais indicado é a cirurgia, chamada de herniorrafia.
A partir desta cirurgia é possível evitar o agravamento da hérnia umbilical, como obstrução intestinal ou a morte dos tecidos por conta da alteração da circulação sanguínea.
Se você apresentou um ou mais sintomas da hérnia umbilical, procure um especialista para poder tratá-la da melhor maneira.
Se você conhece alguém que tenha uma hérnia umbilical, encaminhe esse texto para ela!