O câncer colo retal, também conhecido como câncer de intestino, é formado por tumores, constituídos a partir do avanço acelerado das células, que são encontradas no intestino grosso e no reto.
O cólon e o reto fazem parte do aparelho digestivo. A maior parte do intestino grosso é composto pelo cólon, que é um tubo muscular de um metro e meio e é responsável por absorver água e sal do alimento até chegar ao reto.
Esta doença acomete homens e mulheres, sendo mais comum a partir dos 50 anos de idade, e tem melhores chances de cura quando descoberto em estágio inicial, já que, nessa fase, ainda não houve metástase para outros órgãos.
De acordo com o INCA - Instituto Nacional de Câncer, em 2020 a estimativa de novos casos de câncer de intestino foi de 40.990, sendo 20.520 homens e 20.470 mulheres.
Já os dados do Atlas de Mortalidade por Câncer, também divulgado pelo INCA, destacou que o número de mortes chegou a 20.245, sendo 9.889 homens e 10.356 mulheres.
Para saber mais sobre o câncer colo retal, suas causas e tratamentos, confira o conteúdo a seguir.
Causas do câncer de cólon
Antes de começar a destacar os fatores que podem causar o câncer de cólon e reto, é imprescindível que seja levado em consideração o histórico familiar do paciente, tanto em relação a outros cânceres ou doenças hereditárias.
Além disso, não há um fator único e decisivo que pode ser definido como o causador do câncer de cólon e reto.
Existem, porém, algumas condições que favorecem o aparecimento da doença, principalmente se o paciente já tiver tendência hereditária, conforme falamos acima.
As principais delas são:
- Idade superior a 50 anos;
- Excesso de peso corporal;
- Alimentação inadequada;
- Consumo de industrializados e embutidos;
- Aumento do consumo de carne vermelha (superior a 500 gramas/semana);
- Tabagismo;
- Presença de pólipos intestinais;
- Consumo excessivo de bebidas alcoólicas.
Além das causas citadas acima, vale destacar também doenças inflamatórias do intestino como doença de Crohn, uma doença do trato trato gastrointestinal que tem maior chance de afetar o intestino grosso e a parte inferior do intestino delgado; doenças hereditárias e exposição a radiação como condições que favorecem o aparecimento do câncer de cólon.
Quais são os sintomas do câncer de colo retal?
É muito comum que os casos iniciais do câncer de cólon e reto não apresentem sintomas.
Mas, quando acontece, é importante investigar, já que ele pode ser confundido com outras doenças, como hemorróidas, úlcera gástrica e verminose, por exemplo.
Nos casos mais avançados da doença, os sintomas começam a se intensificar. Veja abaixo alguns deles:
- Fezes escurecidas;
- Fraqueza, fadiga e anemia;
- Diarreia ou constipação;
- Cólicas e gases constantes;
- Dor ou desconforto abdominal;
- Perda de peso;
- Massa - tumor - abdominal;
Ainda sim, vale ressaltar que, ainda que os sintomas listados acima possam estar associados ao câncer do intestino, caso você apresente algum sintoma isolado, não significa que é um sinal da doença.
De qualquer forma, o acompanhamento médico é extremamente necessário para poder ter um diagnóstico correto, principalmente no caso da persistência de um ou mais sintomas listados acima.
Diagnóstico do câncer colo retal
O diagnóstico precoce é fundamental para a taxa de sucesso no tratamento do câncer de cólon e de reto.
Inclusive, segundo o A. C Camargo, centro referência no tratamento de câncer, o câncer de cólon, quando descoberto em estágios iniciais, apresenta 90% de chance de cura.
O diagnóstico da doença começa com a identificação dos sintomas, por parte do paciente, e da ida a um médico especializado em intestino, como o coloproctologista.
Na consulta, o profissional irá levar em consideração, além dos sinais relatados, o histórico médico. Ele também fará exames físicos, clínicos, como o teste de sangue oculto e de imagem, como colonoscopia e radiografia. Dessa forma, ele poderá entender como está o funcionamento do cólon e do reto.
Caso alguma anormalidade seja apresentada, como lesões ou tumores, é realizada uma biópsia. Somente através dela é possível saber se realmente trata-se de um câncer.
A biópsia, por sua vez, é um exame que retira um pedaço da lesão para examiná-la e concluir se é cancerígena. Caso sim, também irá identificar se é benigna ou maligna.
Ela é feita por meio de um endoscópio introduzido no reto, de forma que a amostra pode ser retirada e analisada.
Conforme você viu acima, o câncer de cólon não apresenta sinais no início, mas, em contrapartida, possui mais chances de cura quando descoberto precocemente. Por isso, é importante reforçar a importância de manter os exames médicos em dia.
Em caso de qualquer alteração em sua rotina, em um exame ou qualquer sintoma, procure um especialista.
Tratamento para o câncer de cólon
Com o diagnóstico positivo, o próximo passo é decidir qual o melhor tratamento para o estágio em que o câncer se encontra.
Os especialistas podem indicar um único método para combater a doença ou a combinação de dois ou mais deles. Essa decisão levará em conta o avanço da doença e as condições de saúde do paciente.
Os principais métodos de tratamento são: cirurgia, quimioterapia, imunoterapia e radioterapia. Conheça mais sobre eles a seguir.
Colectomia
A colectomia é o nome da cirurgia realizada para tratamento do câncer de cólon.
Ela é feita por um médico cirurgião especialista no aparelho digestivo e consiste em retirar parte - ou todo - cólon e os gânglios linfáticos afetados pela doença
A indicação da cirurgia depende do local onde o tumor está localizado e qual o seu tamanho. Excepcionalmente essa cirurgia resulta em um procedimento de colostomia, seja temporário ou definitivo.
Colostomia é o nome dado ao procedimento que externaliza uma parte do intestino para a coleta das fezes através de uma bolsa, que fica para fora do organismo.
No caso da colostomia temporária, essa bolsa é retirada após a recuperação cirúrgica. Já a definitiva, como o próprio nome sugere, mantém a utilização dessa bolsa para o resto da vida. Geralmente, a colostomia definitiva é usada quando o baixo reto e o ânus são retirados por completo.
Quimioterapia, imunoterapia e radioterapia
A quimioterapia é a técnica que consiste na mistura de alguns medicamentos, via oral ou venoso, com o objetivo de atacar as células cancerígenas e diminuir o tamanho do tumor.
A imunoterapia, por sua vez, utiliza medicamentos que irão estimular o sistema imunológico do corpo para que ele mesmo comece a atacar o grupo de células que estão causando o câncer.
Já a radioterapia utiliza a radiação como método para diminuir o tamanho do tumor.
Esses três tratamentos podem ser realizados juntos ou separados. Geralmente, são combinados para poder diminuir o tamanho do tumor, em casos mais graves, até que ele se torne operável.
Em casos específicos, esses três tratamentos podem, por si só, atacar o tumor até que ele suma por completo.
Você já conhecia as causas do câncer de cólon? Para prevenir-se desse mal, é fundamental manter todos os exames preventivos em dia!
Além disso, se você notar um ou mais sintomas de maneira frequente, procure um especialista.
Não esqueça de compartilhar esse texto para levar informação e prevenção aos seus amigos e familiares!