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Doenças

Colelitíase

Tempo de Leitura: 3 min.
Data de Publicação: 21/ago/2022

A colelitíase também é conhecida como pedra na vesícula. Basicamente, ela consiste em pequenas pedras - que podem variar entre 1 milímetro e 15 centímetros - que são formadas na vesícula biliar. 

A vesícula biliar é o órgão do corpo humano responsável por armazenar o líquido da bile, produzido pelo fígado para ajudar na digestão de gorduras do intestino.

Isso quer dizer que a vesícula é responsável por mandar para o intestino grosso o componente que ajuda na digestão do alimento e permite com que ele siga no processo digestivo, conforme processo comum do nosso corpo. 

Essas pedras são formadas quando os componentes da bile (água, sais biliares e lecitina) são produzidos em grande qualidade pelo fígado, resultando em pequenas células que formam pedrinhas. 

A colelitíase é mais comum em mulheres de 20 a 60 anos, mas pode acontecer também em homens. O aumento do risco dessa doença se dá por conta do avanço da idade e, principalmente, pela obesidade. 

Para saber mais sobre a colelitíase, confira o conteúdo a seguir.

Causas da colelitíase 

Não há uma causa certa para o aparecimento da colelitíase, são diversos os motivos que podem provocá-la. 

Mas, fatores de riscos, como obesidade, alimentação gordurosa, diabetes, sedentarismo e tabagismo, podem fazer com que o fígado apresente disfunções. 

Confira as principais dessas funções a seguir: 

  • Produção de colesterol em grande quantidade, que resulta no acúmulo final na bile, formando pedras. Essa produção exagerada pode ocorrer por má alimentação, principalmente alimentação gordurosa; 

  • Aumento da bilirrubina, que é um componente do plasma sanguíneo. Quando há o mal funcionamento do fígado, ele aumenta sua produção que também causa pedras;

  • O acúmulo da própria bile na vesícula biliar, que acontece quando a vesícula não consegue eliminar o líquido por completo.

Manter uma alimentação balanceada e exercícios físicos regulares são imprescindíveis para sua qualidade de vida e para sua saúde no geral, e não apenas para os problemas da vesícula. 

Quais são os sintomas da colelitíase?

A colelitíase é uma doença que costuma não ter sintomas aparentes. Ou seja, os pacientes que têm pedras na vesícula podem nem saber que as possuem, caso não apresente complicações no decorrer do tempo. 

Quando há essas complicações, como no caso das pedras taparem as vias biliares, os sintomas costumam aparecer 1 hora depois das refeições, podendo ser leves ou intensos. 

Veja abaixo alguns: 

  • Dor abdominal - Cólica biliar;
  • Mal estar;
  • Ânsias e vômitos;
  • Enjoo;
  • Digestão “lenta”

Por vezes pode ocorrer a saída de uma pedra que culmina no fechamento das vias biliares, a chamada coledocolitíase. Ela acontece quando a pedra se locomove da vesícula biliar e passa para o canal da bile, tampando sua saída e trazendo complicações mais sérias para o fígado.

Vale ressaltar que, além da coledocolitíase, há outra complicação das pedras da vesícula que requer atenção: é a colecistite aguda.

Basicamente, esse caso é a inflamação da vesícula biliar, o que causa ainda mais dores abdominais ou cólicas biliares. 

Por fim, lembre-se: se você apresentar qualquer um dos sintomas juntos ou isolados e de maneira persistente, um médico deverá ser procurado. 

Diagnóstico da colelitíase 

Uma forma de diagnosticar a colelitíase, por se tratar de uma doença assintomática, é por meio dos exames de rotina em que todas as pessoas devem se submeter, desde crianças a adultos, regularmente. 

Normalmente seu diagnóstico é dado por um médico por meio de um ultrassom, em casos mais simples. 

Quando há inflamação na vesícula ou há o entupimento das vias biliares devido as pedras da vesícula, é necessário realizar um exame de imagem como ultrassom, tomografia computadorizada ou uma ressonância magnética. Só assim o médico poderá ter um melhor entendimento da situação e indicar o melhor tratamento.

Tratamento para colelitíase 

O tratamento para colelitíase pode variar, indo do uso de medicamentos à cirurgia. Também pode haver a combinação de ambos. 

Mesmo quando o paciente é assintomático, ou seja, não apresenta sintomas de pedras na vesícula, e não tem risco cirúrgico elevado, a cirurgia é uma boa opção terapêutica.

Porém, caso haja a presença de sintomas, a conduta para o caso é quase sempre cirúrgica..

Isso porque a presença de sintomas é um sinal de que trata-se de um caso mais grave e, normalmente, é necessário a realização de uma cirurgia, chamada colecistectomia.

A colecistectomia trata-se de uma cirurgia para a remoção da vesícula biliar. 

Geralmente, ela acontece de maneira tranquila e rápida, com duração de 30 a 40 minutos, em média.

Além da cirurgia tradicional, a colecistectomia pode ser feita por meio de uma técnica moderna, chamada laparoscopia.

O laparoscópio é uma ferramenta cirúrgica que consiste em um tubo metálico com uma câmera. 

Essa pequena câmera na ponta do objeto, por sua vez, transmite no monitor as imagens internas do abdômen.

O objeto é inserido por meio de uma pequena incisão no abdômen. Além dela, são feitas mais outras duas para introduzir pequenas cânulas que vão permitir separar a vesícula dos outros órgãos e assim retirá-la pelos pequenos orifícios já feitos. 

Quer saber mais sobre saúde e cuidados com o sistema digestivo? Confira em nosso blog! 

Aproveite para enviar esse texto para amigos e familiares! 

Dr. Wilson Freitas Jr
CRM: 87862
RQE: 19357 Cirurgia Geral
RQE: 19358 Cirurgia Aparelho Digestivo
Dr. Wilson Rodrigues de Freitas Junior é médico formado pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (FCMSCSP) em 1996.

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