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A bactéria H. pylori é transmissível? Como prevenir?

Tempo de Leitura: 3 min.
Data de Publicação: 09/out/2025

A infecção pela bactéria H. pylori é comum e pode causar problemas digestivos se não for diagnosticada e tratada. Entender como ela se transmite, quais sinais devem ser observados e como se prevenir é essencial para manter a saúde do estômago em dia. Entenda mais sobre esse assunto!

Imagem ampliada da bactéria Helicobacter pylori em tom esverdeado, destacando sua forma espiral e flagelos em fundo verde desfocado.

A Helicobacter pylori, ou H. pylori, é uma bactéria que infecta o estômago e está presente em mais da metade da população mundial, embora nem todos apresentem sintomas. 

A infecção pode levar a problemas como gastrite, úlcera e, em casos mais graves, contribuir para o câncer gástrico. 

Sua transmissão ocorre principalmente por via oral, através de água ou alimentos contaminados e até mesmo pelo contato com saliva. 

Neste artigo, abordaremos o que é a bactéria H. pylori e como ela é transmitida, quais são os riscos e sintomas da infecção por H. pylori e como prevenir a infecção e proteger sua saúde digestiva. Leia até o final e saiba mais!

O que é a bactéria H. pylori e como ela é transmitida

A Helicobacter pylori é uma bactéria em forma de espiral que se aloja na mucosa do estômago, sendo resistente ao ambiente ácido gástrico.

É uma das infecções bacterianas mais comuns no mundo, especialmente em países com menores condições de saneamento. Embora muitas pessoas convivam com a H. pylori sem sintomas, em outras, ela pode causar sérios distúrbios digestivos.

A transmissão da H. pylori ocorre principalmente por via oral-fecal ou oral-oral. Isso significa que a bactéria pode ser adquirida por:

  • Ingestão de água ou alimentos contaminados com fezes;
  • Contato direto com saliva de pessoas infectadas (beijos, compartilhamento de talheres, escovas de dente);
  • Higiene precária das mãos, especialmente após usar o banheiro.

Crianças estão mais suscetíveis à infecção, pois geralmente têm contato mais próximo com os familiares e, muitas vezes, hábitos de higiene ainda em desenvolvimento.

Vale destacar que a H. pylori não se transmite pelo ar, tosse ou espirro. Ambientes com aglomeração, moradias com muitas pessoas e falta de acesso a saneamento básico são fatores de risco importantes.

O controle da transmissão depende de cuidados simples, mas fundamentais, como boa higiene das mãos e atenção à qualidade da água e dos alimentos consumidos.

Quais são os riscos e sintomas da infecção por H. pylori

A infecção pela H. pylori pode passar despercebida por anos, já que muitas pessoas não apresentam sintomas. No entanto, quando os sintomas aparecem, geralmente estão relacionados a distúrbios do trato digestivo superior e podem afetar significativamente a qualidade de vida.f

Os sintomas mais comuns incluem:

  • Dor ou queimação no estômago (especialmente em jejum ou à noite);
  • Náuseas e vômitos;
  • Sensação de estômago cheio logo após comer pequenas quantidades;
  • Arrotos frequentes e gosto amargo na boca;
  • Perda de apetite ou de peso sem causa aparente.

Além dos sintomas, a infecção por H. pylori está relacionada a complicações mais graves, como:

  • Gastrite crônica;
  • Úlceras gástricas e duodenais;
  • Sangramentos digestivos;
  • Maior risco de câncer de estômago, especialmente em infecções prolongadas e não tratadas.

A bactéria provoca inflamação na mucosa gástrica, e com o tempo, pode causar lesões nas paredes do estômago e intestino. Por isso, o diagnóstico precoce é essencial. 

O exame mais utilizado é o teste respiratório da ureia, mas também é possível detectar a bactéria por meio de endoscopia com biópsia ou exames de fezes. O tratamento adequado elimina a infecção e reduz significativamente os riscos de complicações futuras.

Como prevenir a infecção e proteger sua saúde digestiva

A prevenção da infecção por H. pylori está diretamente ligada à adoção de hábitos de higiene e cuidados com a procedência dos alimentos e da água consumidos. 

Como a bactéria se transmite principalmente por vias fecal-oral e oral-oral, medidas simples podem reduzir muito o risco de contaminação.

Para prevenir a infecção, recomenda-se:

  • Lavar bem as mãos com água e sabão, especialmente antes das refeições e após ir ao banheiro;
  • Evitar compartilhar talheres, copos, escovas de dente e outros objetos de uso pessoal;
  • Consumir água filtrada, fervida ou tratada;
  • Lavar frutas, verduras e legumes com atenção, usando solução adequada para higienização;
  • Certificar-se da procedência e conservação dos alimentos antes do consumo.

Além disso, é importante buscar avaliação médica ao perceber sintomas persistentes no trato digestivo. Em ambientes com alta prevalência da bactéria, o diagnóstico precoce pode evitar complicações sérias.

Em famílias onde um membro foi diagnosticado com H. pylori, é prudente avaliar os demais, especialmente crianças. A erradicação da bactéria é possível com tratamento antibiótico combinado, geralmente prescrito por duas semanas.

Investir em prevenção é a forma mais eficaz de manter a saúde digestiva em dia e evitar doenças gástricas associadas à H. pylori.

Perguntas mais frequentes

1. A bactéria H. pylori é contagiosa?

Sim. A H. pylori pode ser transmitida por via oral, principalmente através de alimentos, água contaminada ou contato direto com saliva de pessoas infectadas.

2. Quais são os sintomas mais comuns da infecção por H. pylori?

Os principais sintomas incluem dor ou queimação no estômago, náuseas, sensação de estômago cheio, arrotos frequentes e perda de apetite.

3. Como posso prevenir a infecção por H. pylori?

Lave bem as mãos antes das refeições e após usar o banheiro, evite compartilhar talheres e escovas de dente, e consuma apenas água e alimentos de procedência segura.

4. A infecção por H. pylori pode causar câncer?

Sim. Em casos crônicos e sem tratamento, a H. pylori pode causar inflamações e lesões na mucosa gástrica, aumentando o risco de câncer de estômago.

5. Como é feito o diagnóstico da infecção por H. pylori?

O diagnóstico pode ser realizado por meio de exames como o teste respiratório da ureia, endoscopia com biópsia ou análise de fezes, que identificam a presença da bactéria com precisão.

Dr. Wilson Freitas Jr
CRM: 87862
RQE: 19357 Cirurgia Geral
RQE: 19358 Cirurgia Aparelho Digestivo
Dr. Wilson Rodrigues de Freitas Junior é médico formado pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (FCMSCSP) em 1996.

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