A hérnia inguinal pode parecer apenas um incômodo, mas quando não tratada adequadamente, pode evoluir para situações graves. Entender os sinais de alerta e os critérios para cirurgia é essencial para garantir qualidade de vida e evitar complicações. Entenda mais sobre esse assunto!
A hérnia inguinal ocorre quando uma parte do intestino ou tecido abdominal atravessa uma área enfraquecida da musculatura na região da virilha, formando um abaulamento visível.
Essa condição é mais comum em homens e tende a surgir com o envelhecimento, esforço físico intenso ou predisposição genética. Pode causar desconforto, dor e, em casos mais graves, complicações como encarceramento e estrangulamento intestinal.
A decisão de operar depende de vários fatores, como sintomas, tamanho da hérnia e risco de complicações.
Neste artigo, abordaremos o que é hérnia inguinal e como ela se manifesta, quando a cirurgia é indicada para hérnia inguinal e como é o pós-operatório e os cuidados após a cirurgia. Leia até o final e saiba mais!
O que é hérnia inguinal e como ela se manifesta
A hérnia inguinal é um tipo de hérnia abdominal que ocorre na região da virilha, quando uma porção do intestino ou gordura abdominal atravessa uma fraqueza na parede muscular.
É mais comum em homens e pode se desenvolver ao longo do tempo por esforço físico repetitivo, tosse crônica, obesidade ou predisposição genética.
Os sintomas mais frequentes incluem:
- Abaulamento visível na virilha, especialmente ao tossir ou levantar peso
- Dor ou sensação de queimação local
- Desconforto que piora com esforço e melhora em repouso
- Sensação de peso na região afetada
Em muitos casos, a hérnia pode ser assintomática, especialmente nos estágios iniciais. No entanto, é fundamental monitorar o quadro, pois a hérnia pode se tornar encarcerada, o que significa que o intestino preso não consegue retornar ao seu lugar.
Isso pode levar ao estrangulamento do tecido, comprometendo a irrigação sanguínea e exigindo cirurgia de urgência.
A avaliação clínica por um cirurgião é essencial para definir o diagnóstico correto e o tratamento mais adequado.
O exame físico costuma ser suficiente para a identificação da hérnia, mas em casos duvidosos, pode-se utilizar exames de imagem como ultrassonografia ou tomografia.
Quando a cirurgia é indicada para hérnia inguinal
A cirurgia para hérnia inguinal é indicada com base em diversos fatores, como presença de sintomas, tamanho da hérnia e risco de complicações.
Em casos assintomáticos e pequenos, especialmente em pacientes com risco cirúrgico elevado, pode-se optar pelo acompanhamento clínico com reavaliações periódicas.
Indicações mais comuns para cirurgia incluem:
- Presença de dor ou desconforto frequente na região
- Abaulamento que aumenta de tamanho com o tempo
- Restrição nas atividades diárias por causa dos sintomas
- Encarceramento (hérnia que não reduz sozinha)
- Sinais de estrangulamento (dor intensa, vermelhidão, náuseas ou vômitos)
Existem duas principais técnicas cirúrgicas:
- Cirurgia aberta: com corte na virilha e correção com ou sem tela
- Cirurgia laparoscópica: menos invasiva, com recuperação mais rápida
A escolha entre essas técnicas depende da experiência do cirurgião, condição clínica do paciente e características da hérnia.
É importante destacar que, mesmo em casos assintomáticos, existe sempre um risco pequeno, mas real, de encarceramento ou estrangulamento.
Por isso, a decisão de não operar deve ser tomada com acompanhamento médico e critérios bem definidos. A cirurgia é o único tratamento definitivo para a hérnia inguinal e, quando bem indicada, tem alto índice de sucesso.
Como é o pós-operatório e os cuidados após a cirurgia
O pós-operatório da cirurgia de hérnia inguinal costuma ser tranquilo, mas requer alguns cuidados para garantir a boa recuperação e prevenir complicações.
O tempo de recuperação varia conforme o tipo de cirurgia e a condição geral do paciente, mas a maioria das pessoas retorna às atividades leves em cerca de 1 a 2 semanas.
Cuidados mais importantes no pós-operatório:
- Repouso relativo nos primeiros dias
- Evitar esforço físico e levantar peso por pelo menos 4 a 6 semanas
- Uso de medicação para dor, conforme prescrição médica
- Cuidados com o curativo para evitar infecção
- Observar sinais de alerta, como febre, vermelhidão intensa ou secreção na ferida
Em cirurgias por vídeo (laparoscópicas), a recuperação costuma ser mais rápida, com menor dor e retorno mais precoce ao trabalho.
É fundamental seguir todas as orientações médicas, comparecer às consultas de revisão e manter hábitos saudáveis. A prática de atividade física deve ser retomada gradualmente e sempre com liberação médica.
Em geral, a cirurgia apresenta bons resultados e baixo índice de recidiva, especialmente quando é feita com uso de tela para reforço da parede abdominal.
Seguindo esses cuidados, a maioria dos pacientes retorna à sua rotina habitual sem maiores problemas e com boa qualidade de vida.