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Hérnia inguinal: quando é hora de operar?

Tempo de Leitura: 3 min.
Data de Publicação: 22/maio/2025

A hérnia inguinal pode parecer apenas um incômodo, mas quando não tratada adequadamente, pode evoluir para situações graves. Entender os sinais de alerta e os critérios para cirurgia é essencial para garantir qualidade de vida e evitar complicações. Entenda mais sobre esse assunto!

Mulher com as mãos sobre o abdômen inferior, aparentando desconforto ou dor, vestida com lingerie e camisa branca aberta.

A hérnia inguinal ocorre quando uma parte do intestino ou tecido abdominal atravessa uma área enfraquecida da musculatura na região da virilha, formando um abaulamento visível. 

Essa condição é mais comum em homens e tende a surgir com o envelhecimento, esforço físico intenso ou predisposição genética. Pode causar desconforto, dor e, em casos mais graves, complicações como encarceramento e estrangulamento intestinal. 

A decisão de operar depende de vários fatores, como sintomas, tamanho da hérnia e risco de complicações. 

Neste artigo, abordaremos o que é hérnia inguinal e como ela se manifesta, quando a cirurgia é indicada para hérnia inguinal e como é o pós-operatório e os cuidados após a cirurgia. Leia até o final e saiba mais!

O que é hérnia inguinal e como ela se manifesta

A hérnia inguinal é um tipo de hérnia abdominal que ocorre na região da virilha, quando uma porção do intestino ou gordura abdominal atravessa uma fraqueza na parede muscular. 

É mais comum em homens e pode se desenvolver ao longo do tempo por esforço físico repetitivo, tosse crônica, obesidade ou predisposição genética.

Os sintomas mais frequentes incluem:

  • Abaulamento visível na virilha, especialmente ao tossir ou levantar peso
  • Dor ou sensação de queimação local
  • Desconforto que piora com esforço e melhora em repouso
  • Sensação de peso na região afetada

Em muitos casos, a hérnia pode ser assintomática, especialmente nos estágios iniciais. No entanto, é fundamental monitorar o quadro, pois a hérnia pode se tornar encarcerada, o que significa que o intestino preso não consegue retornar ao seu lugar. 

Isso pode levar ao estrangulamento do tecido, comprometendo a irrigação sanguínea e exigindo cirurgia de urgência.

A avaliação clínica por um cirurgião é essencial para definir o diagnóstico correto e o tratamento mais adequado. 

O exame físico costuma ser suficiente para a identificação da hérnia, mas em casos duvidosos, pode-se utilizar exames de imagem como ultrassonografia ou tomografia.

Quando a cirurgia é indicada para hérnia inguinal

A cirurgia para hérnia inguinal é indicada com base em diversos fatores, como presença de sintomas, tamanho da hérnia e risco de complicações. 

Em casos assintomáticos e pequenos, especialmente em pacientes com risco cirúrgico elevado, pode-se optar pelo acompanhamento clínico com reavaliações periódicas.

Indicações mais comuns para cirurgia incluem:

  • Presença de dor ou desconforto frequente na região
  • Abaulamento que aumenta de tamanho com o tempo
  • Restrição nas atividades diárias por causa dos sintomas
  • Encarceramento (hérnia que não reduz sozinha)
  • Sinais de estrangulamento (dor intensa, vermelhidão, náuseas ou vômitos)

Existem duas principais técnicas cirúrgicas:

  • Cirurgia aberta: com corte na virilha e correção com ou sem tela
  • Cirurgia laparoscópica: menos invasiva, com recuperação mais rápida

A escolha entre essas técnicas depende da experiência do cirurgião, condição clínica do paciente e características da hérnia.

É importante destacar que, mesmo em casos assintomáticos, existe sempre um risco pequeno, mas real, de encarceramento ou estrangulamento. 

Por isso, a decisão de não operar deve ser tomada com acompanhamento médico e critérios bem definidos. A cirurgia é o único tratamento definitivo para a hérnia inguinal e, quando bem indicada, tem alto índice de sucesso.

Como é o pós-operatório e os cuidados após a cirurgia

O pós-operatório da cirurgia de hérnia inguinal costuma ser tranquilo, mas requer alguns cuidados para garantir a boa recuperação e prevenir complicações. 

O tempo de recuperação varia conforme o tipo de cirurgia e a condição geral do paciente, mas a maioria das pessoas retorna às atividades leves em cerca de 1 a 2 semanas.

Cuidados mais importantes no pós-operatório:

  • Repouso relativo nos primeiros dias
  • Evitar esforço físico e levantar peso por pelo menos 4 a 6 semanas
  • Uso de medicação para dor, conforme prescrição médica
  • Cuidados com o curativo para evitar infecção
  • Observar sinais de alerta, como febre, vermelhidão intensa ou secreção na ferida

Em cirurgias por vídeo (laparoscópicas), a recuperação costuma ser mais rápida, com menor dor e retorno mais precoce ao trabalho.

É fundamental seguir todas as orientações médicas, comparecer às consultas de revisão e manter hábitos saudáveis. A prática de atividade física deve ser retomada gradualmente e sempre com liberação médica. 

Em geral, a cirurgia apresenta bons resultados e baixo índice de recidiva, especialmente quando é feita com uso de tela para reforço da parede abdominal.

Seguindo esses cuidados, a maioria dos pacientes retorna à sua rotina habitual sem maiores problemas e com boa qualidade de vida.

Dr. Wilson Freitas Jr
CRM: 87862
RQE: 19357 Cirurgia Geral
RQE: 19358 Cirurgia Aparelho Digestivo
Dr. Wilson Rodrigues de Freitas Junior é médico formado pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (FCMSCSP) em 1996.

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